Curiosidades

Este cão vive num barco. Está há um mês à espera do dono que o mar levou

Tião ainda tem esperanças que o tutor, um antigo pescador, regresse. Passa 24 horas numa canoa a olhar fixamente para o rio

Faça chuva ou faça sol, Tião recusa-se a sair do lugar onde viu o dono pela última vez. O cão fica todos os dias à beira do Rio Araguaia, que percorre três estados no Brasil, e não deixa que ninguém o tire de lá. A sua história foi agora partilhada no Instagram pelo utilizador Rodrigo Gonçalves, que garantiu que está a tentar “obter mais informações” para ajudar o patudo.

“Ele não sai da canoa, é muito complicado”, afirmou um morador no vídeo que se tornou viral. “A gente está a tentar, é uma história que chega a ser triste. Ele não sai dalí”, acrescentou. Há mais de um mês, o tutor de Tião saiu para pescar e nunca mais voltou. Todos os conhecidos acreditam que o homem tenha morrido afogado durante o trabalho.

“Estamos a tentar obter mais informações do que foi feito para salvar este cãozinho”, partilhou o responsável por partilhar o vídeo nas redes sociais. “Assim que tivermos, postaremos”, garantiu.

Assim como Hachiko, o cão que entrou para a história por ter esperado o regresso do falecido tutor durante mais de nove anos, Tião está a comover os utilizadores. No vídeo, é visto com um olhar cabisbaixo e o corpo subnutrido, o que indica que provavelmente não se tem alimentado. A falta de apetite é um dos principais sintomas nos animais que lidam com o luto.

Nos comentários, centenas de amantes de animais comoveram-se com a história do patudo. “Quando o animal não vê o corpo do dono, espera para sempre”, escreveu um deles. “Se continuar assim, pode morrer de depressão”, lamenta um segundo. Muitos também pedem que Tião seja acolhido, visto que a região onde se encontra é conhecida pelas chuvas constantes.

Assim como o rafeiro, vários outros animais já se tornaram virais pela lealdade que partilham pela família. É o caso de Güero, o cão que seguiu a ambulância que levava o tutor já sem vida e que passou mais de nove meses à sua espera à porta de um hospital no México. Já Morgan, nas Filipinas, esteve mais de um ano à espera do falecido dono e foi cuidado por funcionários de saúde do espaço até ser finalmente adotado.