A comercialização de produtos com “sabor café”, mas que não contêm o tradicional café torrado e moído, tem gerado preocupação na indústria brasileira, especialmente diante dos altos preços do grão nos supermercados, impulsionados pelos recordes de cotação no mercado global.
O chamado “café fake” ou “cafake” é visto como uma tentativa de enganar os consumidores, segundo Celírio Inácio da Silva, diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). Em entrevista à Reuters, ele destacou que a entidade identificou a venda de pós aromatizados que utilizam cascas, folhas, palha e outras partes da planta, mas não a semente do café.
Um dos produtos em questão, denominado Oficial do Brasil, traz no rótulo a descrição “bebida sabor café tradicional”. Para Silva, apesar de haver indicação de que o item não é café torrado e moído, o design da embalagem e o preço mais baixo podem confundir o consumidor.