Harold Gooding foi detido mais de 33 vezes em um período de 33 meses em Nova York, segundo imprensa local

Harold Gooding foi detido mais de 33 vezes em um período de 33 meses em Nova York, segundo imprensa local
Harold Gooding, de 56 anos, é apontado como o maior reincidente criminal de Nova York, nos Estados Unidos. Ele ostenta uma impressionante ficha criminal com 134 prisões, feito que o fez ser apelidado pelo prefeito Eric Adams como o “Reincidente nº 1”.
Gooding é considerado um símbolo do que autoridades locais chamam de “portas giratórias” da justiça, onde criminosos são presos e liberados rapidamente, de acordo com o jornal New York Post.
Em agosto de 2022, Gooding apareceu na capa do jornal nova-iorquino como o principal nome da lista “Piores dos Piores”, do Departamento de Polícia de Nova York, com 101 prisões registradas na época.
Desde então, ele foi detido mais 33 vezes em 33 meses, a maioria por furtos em lojas no bairro de Tribeca, mas também por crimes como furto qualificado e posse de drogas. Entre suas prisões mais antigas, há acusações como assalto à mão armada, furto qualificado e arrombamento, de acordo com fontes policiais.
“É frustrante… para esse cara sair no mesmo dia ou no dia seguinte cometendo o mesmo crime que vem repetindo repetidamente”, disse ao jornal um policial de Manhattan que já lidou com Gooding.
Histórico recente de crimes
Em junho de 2024, Gooding foi preso por furtar 11 lojas. Ele se declarou culpado de furto qualificado e foi condenado a 364 dias na prisão de Rikers Island. Após ser libertado, em fevereiro deste ano, ele voltou a ser preso quatro vezes.
No dia 28 de março, pouco mais de um mês após deixar Rikers, Gooding furtou 30 frascos de vitaminas avaliados em US$ 1.500 (cerca de R$ 8.400) em uma loja, segundo o Gabinete do Promotor Público de Manhattan.
Mais tarde, em 24 de abril, ele retornou à mesma loja e roubou produtos de limpeza e três pares de óculos de leitura, enfrentando acusações de furto qualificado e posse criminosa de propriedade roubada.
Dois dias após essa prisão, ele foi liberado, já que as acusações não eram elegíveis para fiança – as leis estaduais isentam crimes de menor gravidade, como furtos em lojas, de medidas mais rigorosas.
No dia 30 do mesmo mês, Gooding foi detido no Central Park com um cachimbo de crack, três frascos de crack e cinco tiras de heroína em uma mochila, segundo fontes policiais.
Na sua mais recente prisão, ele recebeu apenas uma multa para comparecer a uma audiência marcada para a próxima segunda-feira (19). “Ele não vai aparecer”, previu uma fonte policial ao New York Post. “Ele vai receber um mandado [de prisão] e todo o processo vai se repetir”.
Fontes policiais relatam que Gooding enfrenta problemas de dependência química, o que alimenta seu ciclo de crimes. “É triste que ele tenha que viver assim, mas isso não lhe dá o direito de cometer crimes. Nós fazemos o nosso trabalho prendendo-o e levando-o para a delegacia, e os tribunais o liberam”, disse a fonte.
Gooding já cumpriu três penas de prisão. A primeira, entre 1994 e 1996, foi por tentativa de roubo no Brooklyn, com sentença de um a três anos. Em 1996, sob o nome Jamiel White, ele voltou a ser condenado por tentativa de roubo. Sua pena mais grave, de 10 anos, veio em 2001 por roubo de primeiro grau, também no Brooklyn. Ele foi libertado em liberdade condicional em 2008.