A Procuradoria-Geral da República (PGR) deu um passo importante que pode inserir o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no rol de investigados pela suposta trama golpista que envolveu seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, e aliados próximos. Até então, Eduardo havia ficado de fora da denúncia principal, mas novas evidências relacionadas à tentativa de pressionar autoridades com sanções internacionais reacenderam o alerta dentro da PGR.
Segundo fontes ouvidas pela CNN, a forma como foi instaurada a investigação contra Eduardo — centrada em suas articulações para que os Estados Unidos impusessem sanções ao procurador-geral Paulo Gonet e a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Polícia Federal (PF) — pode aproximá-lo dos atos já denunciados como tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
Caso os novos elementos colhidos confirmem vínculo direto entre Eduardo Bolsonaro e a suposta tentativa de golpe, a PGR avalia apresentar uma nova denúncia específica contra o deputado, em vez de tentar aditar a que já tramita contra os demais acusados. O objetivo é evitar atrasos processuais e manter a celeridade dos julgamentos em curso.
O próprio procurador-geral Paulo Gonet solicitou o indiciamento de Eduardo também pelo crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito — o mesmo pelo qual Jair Bolsonaro será julgado. A pena para esse crime é de até 12 anos de reclusão, superior àquelas previstas para os outros delitos imputados ao parlamentar.
Além desse crime mais grave, Eduardo Bolsonaro também é investigado por coação no curso do processo (com pena de até 4 anos) e por tentativa de obstrução de investigação que envolva organização criminosa (com pena de até 8 anos).
É um absurdo atrás de outro! Não há mais limites para a perseguição…
Está mais do que claro que o “sistema” vai tentar envolver qualquer narrativa possível para atingir o ex-presidente Jair Bolsonaro, seus filhos e aliados nesse caso. Querem prendê-lo de qualquer forma.
