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‘Velho carcomido’ – Lula está preso ao passado e confia em cartilha que não serve mais diz jornal internacional

Em artigo publicado na última terça-feira, 10, o informativo econômico da Bloomberg Reino Unido afirma que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “está preso ao passado e confia em um manual que não serve mais para nada”.

Assinado por Andrew Rosati, o artigo afirma que Lula, “aproveitando os holofotes”, estava “mais desafiador do que nunca” na viagem à China, quando, ao lado do ditador Xi Jinping criticou o governo de Donald Trump.

Mas, dentro de casa, a realidade é outra, observa o artigo. Internamente, Lula enfrenta a queda acentuada de popularidade, com recorde de rejeição. Isso se deve, principalmente, aos gastos excessivos do governo esquerdista e à consequente disparada da inflação, que chegou a 5,32% ao ano, quase 1 ponto porcentual acima do teto da meta de 4,5%.

“A alta inflação e a crise econômica prejudicaram sua aprovação, enquanto grandes gastos e a relutância em lidar com a deterioração da situação fiscal voltaram os investidores contra ele”, escreve Rosati.

Inevitável comparação de Lula com Joe Biden

O artigo ainda fala sobre a idade de Lula — 79 anos — e os problemas de saúde enfrentados recentemente, como a cirurgia emergencial para retirar coágulos cerebrais. “Ele não é o primeiro líder a parecer ultrapassado: a cirurgia cerebral de emergência de Lula no ano passado criou paralelos com as questões de idade que atormentavam Joe Biden”, afirma o artigo.

“Essas comparações desfavoráveis provavelmente proliferarão à medida que Lula ignorar as discussões sobre sucessão e se empenhar em uma luta pela reeleição no ano que vem”, antevê o jornalista.

O declínio do governo Lula, para Rosati, portanto, é “sintoma de um problema maior: o presidente, de 79 anos, está preso ao passado e confiando em um manual que não serve mais para nada”.

“Política envelhecida e sem ideias”, diz Bloomberg, sobre Lula

Outra consideração do artigo da Bloomberg é que “há pouco tempo” Lula pareceria “o tipo de líder instintivo capaz de lidar com a turbulência global de hoje”. Porém, hoje, “em vez disso, ele parece personificar uma ordem política envelhecida e sem ideias”.

Rosati encerra o artigo com a afirmação de que “é muito cedo para descartar Lula”, “mas, pela primeira vez desde seu retorno ao cargo, até mesmo aqueles mais próximos de Lula estão começando a se preocupar com o fim de sua notável história”.