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Homem é devorado por leão de estimação no Iraque

Aqil Fakhr al-Din, de 50 anos, tentava domesticar o animal no jardim de sua casa

Um homem de 50 anos foi morto e parcialmente devorado por seu leão de estimação em Kufa, no sul do Iraque, apenas alguns dias depois de adquirir o animal.

Aqil Fakhr al-Din já era conhecido na região por manter animais selvagens em sua propriedade, mas decidiu tentar domesticar um novo leão no jardim de sua casa, o que resultou na tragédia. Segundo autoridades locais, o ataque aconteceu enquanto ele se aproximava da jaula do felino.

De acordo com a polícia, o leão mordeu o pescoço e o peito de al-Din e consumiu grande parte de seu corpo antes que qualquer ajuda pudesse ser prestada. Diante da recusa do animal em abandonar os restos mortais, a polícia teve de abater o leão.

Relatos indicam que um vizinho tentou salvar al-Din, atirando contra o animal com um rifle Kalashnikov, efetuando sete disparos fatais.

A vítima foi levada ao hospital Al-Sadr Medical City, mas não resistiu aos ferimentos. Imagens do corpo e do leão morto circularam nas redes sociais, gerando forte comoção e críticas à falta de controle sobre a criação de espécies perigosas em domicílios. A polícia abriu uma investigação para apurar as circunstâncias da morte e da manutenção irregular do felino.

A tragédia trouxe à tona um problema recorrente no Iraque: o tráfico ilegal de animais selvagens. Apesar de o país ter aderido à Convenção para a Proteção dos Animais em 2014, a aplicação das normas é fraca, permitindo que muitos cidadãos mantenham animais exóticos como símbolos de status ou entretenimento pessoal, frequentemente sem preparo ou estrutura adequados.

Mercados clandestinos continuam a prosperar, com caçadores e contrabandistas capturando e vendendo espécies raras, tanto nativas quanto importadas de outras regiões. Falcões, aves, raposas, répteis e até grandes felinos são comercializados, principalmente para colecionadores privados ou estabelecimentos que funcionam como zoológicos improvisados.

Muitas vezes, os animais são traficados em condições precárias, dopados ou escondidos em compartimentos improvisados para escapar da fiscalização alfandegária, resultando em maus-tratos e mortalidade elevada.