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Fux intervém em interrogatório e expõe fragilidade de acusações

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) manifestou satisfação com a atuação do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, durante a audiência desta segunda-feira (9), que ouviu o ex-ajudante de ordens Mauro Cid. A oitiva foi conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes e pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet.

Em um momento marcante do depoimento, Fux questionou Cid sobre quem mantinha contatos diretos com manifestantes acampados em frente a quartéis. A resposta do ex-ajudante foi direta:

“O miolo da Presidência nunca manteve contato com nenhuma liderança, nenhum financiador. A gente sabia o que estava acontecendo, sim, até pelas redes sociais. Mas o núcleo interno não tinha contato com ninguém”.

Outro ponto abordado por Fux foi sobre a existência de documentos com o objetivo de impedir a posse de Lula, como minutas de estado de defesa ou estado de sítio, supostamente elaboradas durante o governo Bolsonaro.

Cid esclareceu: “Não, senhor. Em nenhum momento foi assinado. Inclusive, era a grande preocupação do comandante do Exército que o presidente assinasse alguma coisa sem consultar e sem falar com ele antes. De certa forma, de todas essas pessoas, ele [general Freire Gomes] era a voz mais lúcida”.

Esses trechos foram destacados por Eduardo Bolsonaro como reveladores. Para ele, as perguntas de Fux foram decisivas para derrubar o que classificou como uma acusação infundada.

“Fux desmontou o castelo de areia com duas perguntas”, comentou o parlamentar, apontando para a ausência de provas que sustentem a tese de uma tentativa real de golpe de Estado.