NotíciasPolítica

Febraban nega que Gleisi tentou “conter” vídeo de Nikolas do INSS

Ministra de Lula teria pedido ajuda à federação de banqueiros

Em meio à repercussão de denúncias envolvendo fraudes bilionárias no INSS, o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, veio a público neste sábado (10) negar qualquer pedido por parte da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), para tentar controlar o alcance de um vídeo publicado pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) nas redes sociais.

A declaração de Sidney, formalizada por meio de nota, tenta conter rumores de interferência política em instituições financeiras para minimizar o impacto de críticas à gestão petista.

– Em nenhum momento, a ministra Gleisi pediu qualquer ajuda, seja para os dirigentes de bancos, seja ao próprio Isaac, muito menos para conter o impacto provocado por um vídeo divulgado pelo deputado Nikolas Ferreira. Foi o presidente da Febraban quem tomou a iniciativa de, aproveitando o encontro com a ministra, esclarecer os dados de concessão de crédito consignado a beneficiários do INSS, uma vez que o noticiário da imprensa havia publicado informações erradas – declarou a federação em nota ao Poder360.

O conteúdo de Nikolas, que aponta irregularidades em operações de crédito consignado, viralizou ao expor possíveis falhas de fiscalização e gestão durante o atual governo. Até a manhã deste domingo (11), o número de vizualizações do vídeo ultrapassou 135 milhões.

Segundo a Febraban, em 2023 foram realizadas 23,3 milhões de operações de crédito consignado, totalizando R$ 79 bilhões. No entanto, a federação ressalta que, sem uma investigação rigorosa sobre fraudes – especialmente aquelas realizadas sem consentimento dos beneficiários -, não é possível dimensionar com precisão o alcance dos danos.

O vídeo de Nikolas Ferreira sustenta que, ao contrário do que tenta sugerir o governo, os desvios não são herança da administração Bolsonaro. Ele lembra que uma medida provisória para conter fraudes no INSS foi proposta durante o governo anterior, mas acabou rejeitada pela base petista no Congresso. A acusação mais contundente feita pelo deputado é que o esquema teria se agravado sob a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).