Nesta quarta-feira, 11, o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou para regular as redes sociais. Dessa forma, Dino decidiu pela responsabilização das plataformas digitais por conteúdos publicados por terceiros.

Nesta quarta-feira, 11, o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou para regular as redes sociais. Dessa forma, Dino decidiu pela responsabilização das plataformas digitais por conteúdos publicados por terceiros.
O ponto central do debate é a validade ou não do artigo 19 do Marco Civil da Internet. Em linhas gerais, ele estabelece que as big techs só podem ser punidas por posts de outrem se desobedecerem a uma medida judicial que determine sua remoção.
“Não existe liberdade sem responsabilidade em termos constitucionais”, disse Dino, durante o julgamento retomado às 10 horas. “Liberdade sem responsabilidade é tirania. Ideia de que regulação mata a liberdade é absolutamente falsa. Responsabilidade evita a barbárie. Entendo que devemos, como tribunal, avançar na direção da liberdade com responsabilidade. Liberdade regulada é a única liberdade. Não são ministros que acordaram de manhã e resolveram tolher a liberdade das pessoas. Qual é a empresa ou setor econômico social se autorregula?”
Conforme Dino, as big techs são responsáveis por “danos decorrentes de conteúdos gerados por terceiros, ressalvadas as disposições específicas da legislação eleitoral e os atos normativos expedidos pelo TSE”.
“Considero que as redes sociais não aproximaram a humanidade daquilo que ela produziu de melhor”, disse o ministro.
Teses propostas por Flávio Dino
Ao encerrar o seu voto, Dino disse que o mundo está fadado a uma “condenação existencial” das redes.
“Eu preferia outra forma de estruturação da sociedade, na qual as pessoas lessem, mas é o atual quadro histórico”, observou. “Não somos ditadores.”
Por isso, Dino propôs as seguintes teses: