O estudo da visão humana, particularmente a diversidade na forma como percebemos as cores, foi significativamente avançado por pesquisas recentes. Este novo entendimento decorre de um foco na formação de cones vermelhos e verdes nas retinas humanas. Esses cones são fundamentais para a visão de cores em vertebrados, respondendo a várias comprimentos de onda de luz. De forma única, humanos e alguns primatas têm a habilidade de ver vermelho, verde e azul, diferenciando-os da maioria dos outros mamíferos.
Aves e alguns insetos também compartilham esta capacidade de perceber o vermelho. Acredita-se que essa característica seja uma vantagem evolutiva ligada às interações com plantas que produzem frutos e flores. Um exemplo notável em mamíferos é o possum-do-mel (Tarsipes rostratus), um marsupial australiano. Esta criatura demonstra uma habilidade, semelhante à das aves, de discernir tons de vermelho, particularmente em plantas como a banksia ruborizada. Isso é um exemplo de evolução convergente, onde espécies não relacionadas desenvolvem características semelhantes.
Os cones vermelhos e verdes nos olhos humanos são quase idênticos estruturalmente, com pequenas variações químicas ditando sua detecção de cor. Opsina, uma proteína, desempenha um papel fundamental nesta diferenciação. Ela existe em duas formas: sensível ao vermelho e sensível ao verde. Os genes que codificam essas proteínas estão localizados no cromossomo X, próximos um do outro. Essa proximidade pode levar a erros de recombinação, resultando em várias formas de daltonismo vermelho-verde.