Um projeto de pesquisa conduzido no Laboratório de Estrutura e Função de Biomoléculas do Instituto Butantan identificou peptídeos com a capacidade de inibir e ativar a ação da hialuronidase, uma enzima responsável pela degradação do ácido hialurônico no organismo, uma substância que confere firmeza à pele.
Em testes iniciais, foram encontrados peptídeos inibidores da enzima com potencial para o tratamento de rugas na pele e lesões na cartilagem. Por outro lado, os peptídeos ativadores apresentaram potencial para tratar hematomas. O projeto de Iniciação Tecnológica ainda está em fase inicial, mas já demonstra promissoras possibilidades de uso estético e médico, com base nos resultados preliminares.
“Se nossa hipótese for confirmada, poderíamos pensar em um creme antienvelhecimento e até mesmo em medicamentos com potencial para tratar algumas condropatias, que são lesões na cartilagem tratadas com aplicações intra-articulares recorrentes de ácido hialurônico. Outra aplicação possível seria em hematomas, pois trataria o extravasamento de sangue de forma mais rápida, ajudando a evitar possíveis manchas características na pele”, afirma Caio Mendes, estudante de Medicina de 33 anos e autor do estudo, orientado pela pesquisadora científica do Instituto Butantan, Fernanda Portaro, e pelo professor de Medicina da Universidade Nove de Julho, Bruno Duzzi.