Novo material foi liberado por Moraes a apenas uma semana das oitivas com testemunhas

Novo material foi liberado por Moraes a apenas uma semana das oitivas com testemunhas
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), cancele as audiências com testemunhas de defesa marcadas para a próxima segunda-feira (19). O argumento é de que o magistrado autorizou o acesso a parte das provas somente nesta segunda-feira (12), o que dá apenas uma semana para que os advogados analisem o novo material anexado.
No pedido, a defesa explica que o volume de informações e a complexidade do material impossibilitam que ele seja estudado em tão pouco tempo. Também frisa que o acesso a esses documentos é fundamental para que os depoimentos sejam devidamente preparados, com a elaboração de questionamentos às testemunhas e eventual necessidade de se incluir outros nomes, por exemplo.
– [Requer-se] o cancelamento das audiências designadas para a instrução e concessão de prazo suficiente para que o conjunto probatório que permaneceu fora do processo seja analisado pela defesa, a fim de permitir não só a necessária complementação do rol de diligências e testemunhas já apresentados, mas também e especialmente o adequado questionamento das testemunhas arroladas pelas partes – dizem os advogados.
Disponibilizadas pela Polícia Federal (PF) por meio de um link em nuvem, as provas em questão incluem dados de aparelhos eletrônicos e documentos apreendidos. O material foi cedido após pedidos das defesas de sete réus da suposta tentativa de golpe.
– O que a defesa vem requerendo, de forma insistente, não é o acesso ao que esta ou aquela autoridade escolheu de forma absolutamente parcial trazer aos autos em recortes e transcrições. O que tem se requerido é o acesso aos elementos probatórios que foram deferidos e produzidos com o fim de apurar os fatos imputados ao Agravante no presente feito. E que, exatamente por não terem servido às teses acusatórias, podem ter o condão de afastá-las – reiteraram os advogados de Bolsonaro.
Indicadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), as testemunhas de acusação já foram ouvidas.