A pornografia, um assunto frequentemente envolto em controvérsia, refere-se a materiais — sejam eles cinematográficos, artísticos ou literários — que exibem explicitamente genitais ou atividades sexuais primariamente para provocar a excitação sexual em seu público. Investigações nesse domínio têm aprofundado progressivamente nosso entendimento dos impactos profundos da pornografia no cérebro humano, particularmente no que diz respeito a por que ela fomenta um desejo contínuo por mais desse conteúdo.
Pesquisas indicam que o alto consumo de pornografia pode modificar significativamente tanto a estrutura quanto a funcionalidade do cérebro, potencialmente dando origem a comportamentos viciantes. Engajar-se em atividades sexuais ou observá-las desencadeia a liberação de dopamina, um neurotransmissor associado às funções motoras, emoções e sensações de prazer, no cérebro. Essa liberação de dopamina atua como um sinal, encorajando a repetição de tais comportamentos para experimentar mais liberações de dopamina como uma forma de recompensa.
Uma distinção crítica entre encontros sexuais reais e o consumo de pornografia reside na intensidade da liberação de dopamina. A pornografia leva a uma onda avassaladora de dopamina, que, além de seu potencial viciante, também pode precipitar várias questões de saúde, incluindo distúrbios cardiovasculares, renais, gástricos e endócrinos. Essa descarga excessiva de dopamina necessita de sua reposição, promovendo assim padrões de consumo repetitivos e potencialmente aprisionando indivíduos em um ciclo de dependência, onde eles podem perder a autonomia sobre suas ações.