O Supremo Tribunal Federal segue com penas severas e questionáveis contra manifestantes envolvidos nos eventos do dia 8 de janeiro de 2023. A mais recente vítima da mão pesada da Corte é Shirley de Andrade, condenada a 17 anos de prisão – sendo 15 anos e seis meses de reclusão e mais um ano e seis meses de detenção – além do pagamento de 100 dias-multa, cada um no valor de um terço do salário mínimo.
A pena, considerada desproporcional, foi baseada em vídeos e áudios atribuídos à ré e em registros de geolocalização de seu celular. Mesmo sem evidências concretas de vandalismo direto, Shirley foi condenada por cinco crimes: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa armada.
A relatoria do processo ficou com o próprio Moraes, que, como de praxe, apresentou seu voto no ambiente do plenário virtual da Primeira Turma. Os demais ministros têm até o dia 24 de junho para depositarem seus votos.