A professora Silvaneide Monteiro Andrade, de 56 anos, havia sido chamada à sala da equipe pedagógica quando a situação ocorreu

A professora Silvaneide Monteiro Andrade, de 56 anos, havia sido chamada à sala da equipe pedagógica quando a situação ocorreu
Curitiba – Uma professora morreu dentro de uma escola na manhã desta sexta-feira (30), em Curitiba. Silvaneide Monteiro Andrade, de 56 anos, morreu enquanto trabalhava no Colégio Estadual Jayme Canet, localizado no bairro Xaxim.
De acordo com a Secretaria Estadual de Educação do Estado do Paraná (Seed-PR), a educadora sofreu um mal súbito durante o expediente.
“A equipe escolar acionou imediatamente o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que prestou atendimento no local, mas, infelizmente, a profissional veio a óbito”, diz a nota.
Professora morre escola: Sindicato dos professores e funcionários lamenta
A APP-Sindicato, que representa os trabalhadores da educação pública do estado, também se manifestou. Em nota, a entidade afirmou que” a professora estava dando aula quando foi chamada à sala da equipe pedagógica, onde sofreu um infarto”.
O secretário-geral da APP, Celso José dos Santos, declarou que a entidade presta solidariedade à comunidade escolar e à família da professora. Para ele, o modelo atual de gestão educacional impõe pressões que afetam a saúde dos profissionais da rede.
“É uma tragédia. Mais uma professora que faleceu neste modelo de educação que acaba pressionando, vigiando. Então, a APP está aqui prestando solidariedade e apoio aos estudantes, professores, funcionários e à família da professora, porque lutamos para que a escola seja um ambiente saudável, seguro, e não um ambiente que leve uma professora a uma situação como essa”, lamentou o Secretário-Geral da APP, Celso José dos Santos.
A Polícia Científica vai investigar as circunstâncias da morte.
Morte de professora gera comoção
A morte da professora gerou comoção entre as colegas de profissão. Ao APP-Sindicato, as educadoras descreveram a personalidade de Silvaneide Monteiro Andrade.
“Era uma professora comprometida com seu trabalho, uma professora dedicada, que os alunos respeitavam. É muito triste termos que sentir essa dor, que poderia ser evitada se houvesse menos pressão e mais compreensão. A escola precisa voltar a ser um lugar acolhedor para os estudantes e para os professores. À medida que as pressões aumentam, os professores vão adoecendo”, desabafou a professora PSS Luzenaide Leal.
Já uma outra colega disse que o ambiente no trabalho é de pressão.
“Conhecia a professora Silvaneide. Estou abaladíssima com a situação. Hoje, visitamos outras escolas da região e vi colegas trabalhando com atestado médico. Então, isso mostra a pressão e o assédio que estamos vivendo neste momento, enquanto trabalhadores da educação”, relatou a professora Veroni Salete Del Ré.