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Donald Trump dá duas semanas para Putin mostrar se quer a paz

Presidente americano disse que responderá “um pouco diferente” a depender da reação da Rússia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enfatizou, nesta quarta-feira (28), que está “muito decepcionado” com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, pelos contínuos ataques à Ucrânia e estabeleceu um prazo de cerca de duas semanas para determinar se ele tem a intenção real de se chegar à paz.

– Em cerca de duas semanas, saberemos se ele está jogando junto ou não e, se estiver, responderemos de forma um pouco diferente – declarou Trump, além de se recusar a especificar as medidas que usaria para punir a Rússia.

Em 19 de maio, Putin propôs a Trump, por telefone, trabalhar com a Ucrânia em um roteiro para a futura assinatura de um tratado de paz e uma lista de condições para um cessar-fogo. Nos últimos dias, o presidente americano expressou frustração com os recentes ataques da Rússia às cidades ucranianas e, nesta terça-feira (27), advertiu que Putin está “brincando com fogo”.

O negociador-chefe da Rússia, Vladimir Medinsky, disse nesta quarta que estava pronto para abrir negociações com a Ucrânia sobre o conteúdo de um memorando de acordo e as condições para um cessar-fogo. A Ucrânia já enviou sua parte. Trump afirmou que está disposto a se sentar com Putin e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para resolver o impasse.

– Farei isso se for necessário. Gostaria que isso tivesse sido feito há alguns meses, mas agora estamos trabalhando com Putin e veremos em que pé estamos. Acho que estamos indo bem, mas veremos. Não gosto do que está acontecendo. Não gosto que foguetes sejam disparados contra cidades. Não vamos permitir isso – enfatizou.

Rússia e Ucrânia realizaram suas primeiras conversas diretas em três anos no dia 16 de maio, em Istambul, na Turquia, onde concordaram com uma troca de prisioneiros, mil de cada lado. Apesar da implementação bem-sucedida desse acordo, nos últimos dias os militares russos intensificaram seus ataques a Kiev e a outras cidades ucranianas, o que provocou uma resposta com drones e apelos redobrados de Zelensky e dos líderes europeus para aumentar as sanções contra Moscou.

Fonte: EFE