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Brasil tem alta em homicídios de mulheres, bebês e crianças

Morte de bebês e crianças subiu 15,6% no ano de 2023

As mortes de mulheres, bebês e crianças de até 4 anos aumentaram no Brasil e preocupam pesquisadores por terem um ponto em comum: a violência doméstica. A cada dia, dez mulheres são assassinadas no Brasil. Foram 3.903 ocorrências em 2023, o maior patamar desde 2018. Isso é o que aponta o Atlas da Violência. Estima-se que um em cada três casos seja de feminicídio.

Já os homicídios de bebês e crianças de até 4 anos cresceram 15,6% em 2023. O índice chegou a 1,2 caso para cada 100 mil habitantes, maior registro desde 2020.

Conforme os dados, divulgados nesta segupnda-feira (12), para cada 100 mil habitantes houve 3,5 casos de homicídios de mulheres no período mais recente para o qual há dados. O estado com a maior taxa de assassinatos de mulheres foi Roraima (10,4 casos por 100 mil habitantes em 2023). Na sequência, estão Amazonas, Bahia e Rondônia, todos com taxa de 5,9.

Em contrapartida, os estados que tiveram os menores índices foram São Paulo (1,6), Brasília (2,7) e Santa Catarina (2,8).

O relatório do Atlas busca retratar a violência no Brasil principalmente a partir dos dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde. Esse modo de análise permite visão mais ampla, “desviando” de possíveis subnotificações.

Conforme o Atlas, de acordo com os registros do SIM, em 2023, do total de homicídios registrados de mulheres, 35% aconteceram em casa. O documento destaca que, no caso dos chamados infantes (0 a 4 anos), e também nos ocorridos com crianças de 5 anos até adolescentes 14 anos, a residência aparece como local majoritário das ocorrências, constando respectivamente em 67,8% e 65,9% das notificações.