Pontífice teve primeiro encontro com a imprensa mundial no Vaticano

Pontífice teve primeiro encontro com a imprensa mundial no Vaticano
Na manhã desta segunda-feira (12), em primeiro encontro com jornalistas, o papa Leão XIV fez um apelo por uma comunicação livre de preconceito, fanatismo e ódio.
Robert Prevost repetiu palavras de Francisco a comunicadores, pedindo que “salvemos a comunicação de todo preconceito, rancor, fanatismo e ódio. Purifiquemo-la da agressividade. Não precisamos de uma comunicação ruidosa, muscular, mas sim de uma comunicação capaz de escutar, de acolher a voz dos fracos que não têm voz. Desarmemos as palavras”.
– Uma comunicação desarmada, que desarma, nos permite compartilhar um olhar diferente sobre o mundo e agir de forma coerente com a nossa dignidade humana – disse ele na Aula Paolo VI, ao lado do Vaticano.
– A paz começa com cada um de nós, com a forma como olhamos para os outros, ouvimos os outros e falamos sobre os outros. Nesse sentido, a maneira como nos comunicamos é de importância fundamental. Precisamos dizer não à guerra de palavras, de imagens – afirmou.
Leão XIV também fez um apelo pela libertação de jornalistas presos “por terem desejado contar a verdade”, sem mencionar países específicos. Afirmou a solidariedade da Igreja e que a existência de profissionais encarcerados “interpela a consciência das nações e da comunidade internacional, convocando todos nós a preservar o bem precioso da liberdade de expressão”.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
O sumo pontífice voltou a mencionar a inteligência artificial como uma ferramenta que deve ser bem utilizada na comunicação.
– Penso, em particular, na Inteligência Artificial com seu imenso potencial, que exige, no entanto, responsabilidade e discernimento para orientar os instrumentos para o bem de todos, para que possam produzir benefícios para a humanidade.
No último sábado (10), ao explicar a escolha do nome de Leão como papa, Prevost citou Leão XIII, considerado um dos principais formuladores da Doutrina Social da Igreja. Ele defendeu que vivemos em uma nova Revolução Industrial e apontou a inteligência artificial como um dos principais desafios de hoje.
Nesta segunda, o papa reforçou que a Igreja deve aceitar os desafios do seu tempo:
– Vivamos bem, e os tempos serão bons. Nós somos os tempos.
Ao final da audiência, ele cumprimentou vaticanistas conhecidos e funcionários do Dicastério da Comunicação e da Sala de Imprensa do Vaticano. Também passou pelo corredor central da Aula, em que abençoou a fiéis.