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Casal é preso ao tentar embarcar com seis macacos escondidos em roupas íntimas

O casal preso levava dois macacos-de-cara-branca e quatro saguis-de-cabeça-de-algodão, espécie criticamente ameaçada de extinção

Um casal de estrangeiros foi preso por tentativa de contrabando no Aeroporto José María Córdova, de Medellín (Antioquia, Colômbia), no último sábado (3). Eles levavam em bolsas de pano e escondidos nas partes íntimas seis filhotes de macacos. A intenção era retirar os primatas ilegalmente do país e levar para a República Dominicana.

Com a tentativa interrompida pelas autoridades locais, os animais foram encontrados durante o procedimento de segurança para o embarque. De acordo com a emissora HCH, o casal levava dois macacos-de-cara-branca (Cebus capucinus) e quatro saguis-de-cabeça-de-algodão (Saguinus oedipus), de espécie ameaçada de extinção.

Entre os seis filhotes de macacos, quatro sobreviveram e os outros dois morreram, segundo a polícia do aeroporto. Os sobreviventes foram levados rapidamente para o Centro de Avaliação e Cuidados com a Vida Silvestre Cornare para cuidados e exames. A Corporação Autônoma Regional das Bacias dos Rios Negro e Nare (Cornare) divulgou em relatório declarando o estado de saúde dos animais; confira.

Casal preso está sendo processado

O casal preso, foi interceptado pelo Corpo Antinarcóticos e pela Polícia Ambiental no aeroporto, em Antioquia. O alarme para essa ocorrência foi acionado imediatamente pelo terminal aéreo, que solicitou a intervenção do Centro de Atendimento e Avaliação da Cornare.

Com identificação dos suspeitos e após a recuperação dos animais, os estrangeiros foram processados pelos crimes de uso ilícito de recursos naturais e maus-tratos contra animais. Os parceiros, não tiveram a identidade revelada e não possuem passaporte colombiano.

Estado de saúde dos filhotes

Segundo informações do relatório dos veterinários, os quatro filhotes de macacos sobreviventes apresentam quadros severos de desidratação, sinais de desnutrição e maus-tratos. Também foram encontradas lesões na pele e um nível elevado de estresse, dificultando o atendimento e o manejo clínico, relataram os profissionais da Cornare.