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Sopa de chumbinho: Marido e sogra são presos por matar professora após vítima descobrir traição

Amante do marido também é investigada por participação

O marido e a sogra de Larissa Talle Leôncio Rodrigues, encontrada morta no dia 22 de março, foram presos na tarde de terça-feira (6) por suspeita de envolvimento no crime.

O laudo toxicológico revelou que a professora morreu envenenada com chumbinho em Ribeirão Preto, São Paulo.

O médico Luiz Antônio Garnica, de 38 anos, e a mãe Elizabete Arrabaça, de 67 anos, tiveram a prisão temporária decretada e devem passar por audiência de custódia nesta quarta-feira (7).

A professora envenenada morreu no apartamento do casal, aos 37 anos, após ingerir chumbinho.

Ela e Luiz estavam juntos há 18 anos e moravam na zona sul de Ribeirão Preto.

Testemunhas relataram à Polícia Civil que Larissa descobriu uma traição ao encontrar objetos sexuais no carro dele.

O médico se relacionava há um ano e meio com uma estudante de 26 anos. A professora teria pedido o divórcio, mas ele não concordou.

Ao deixar a casa da amante na manhã de 22 de março, Luiz Antônio Garnica encontrou a esposa caída no banheiro do apartamento onde moravam.

A guarda civil metropolitana acionada por volta das 10h40.

O médico tentou reanimá-la até a chegada da equipe do Samu, que constatou o óbito.

Conforme o Cidade Alerta, os socorristas notaram a rigidez do corpo e o cheio forte de limpeza no apartamento.

O laudo do IML (Instituto Médico Legal), realizado às 17h45 do mesmo dia, revelou que a professora envenenada com chumbinho estava morta havia 12 horas do início do exame.

“A participação dele ficou bem evidente para nós pela forma que ele encontrou a Larissa. Ela já estava com rigidez cadavérica e ele tentava limpar o apartamento como se fosse tentar desfazer as provas para a perícia técnica não detectar uma prova contra ele”, ressalta o delegado Fernando Bravo.

A sogra Elizabete Arrabaça foi a última pessoa a ver Larissa com vida, na noite anterior à morte. Ela afirmou que a nora estava indisposta e sentiu dor de barriga.

Segundo a investigação, a sogra teria ligado para uma amiga pedindo ajuda para encontrar chumbinho. Elizabete ainda preparou sopas para a nora ao longo da semana, o que indica que o envenenamento foi gradual.

Com diarreia e vômitos, Larissa contou aos amigos que foi medicada pelo marido.

“Ontem nós conseguimos encontrar uma testemunha que relatou que a sogra estava procurando o chumbinho para comprar, aproximadamente 15 dias antes da morte, então isso nos trouxe uma segurança que ela juntamente com o filho mataram a Larissa”, afirma o delegado responsável pela investigação.

A amante de Luiz Antônio Garnica não foi presa, mas é investigada pela Polícia Civil.

A suspeita é de que o encontro dos dois no cinema seria um álibi para a noite do crime.

Quando o celular dela foi apreendido na semana passada, a jovem estava no apartamento da professora envenenada, o que intrigou os investigadores.