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Moraes falta em audiência no Senado, não justifica e é trucidado por dois jornalistas internacionais

A Comissão de Segurança Pública do Senado realizou nesta quarta-feira, 30 de abril, uma audiência pública voltada à apuração de denúncias envolvendo o Supremo Tribunal Federal (STF), no que ficou conhecido como “Vaza Toga”. Alexandre de Moraes não compareceu.

O jornalista português Sérgio Tavares, primeiro a depor, trouxe revelações que causaram forte repercussão entre os senadores.

Segundo Tavares, Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou temer ser assassinado a mando do ministro Alexandre de Moraes, com possível execução por membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). O jornalista mencionou uma conversa gravada entre Tagliaferro e o jornalista Oswaldo Eustáquio, que foi exibida durante a audiência.

“O conteúdo dessas declarações tem cerca de oito meses”, destacou Tavares.
“Se fossem recentes, eu jamais divulgaria o áudio, para não comprometer a segurança de alguém que acreditava estar marcado para morrer por ordem de Alexandre de Moraes, com envolvimento do PCC.”

Já o jornalista americano Glenn Greenwald, conhecido por suas investigações envolvendo autoridades brasileiras, apresentou trechos de áudios obtidos durante a apuração das reportagens publicadas pela Folha de S.Paulo. Segundo ele, os ex-assessores de Moraes demonstravam preocupação com a legalidade de suas ações e reconheciam o caráter irregular dos procedimentos.

Greenwald acusou o ministro de utilizar o TSE para fins pessoais e de extrapolar suas funções institucionais.

Como exemplo, Greenwald mencionou um episódio ocorrido em Nova York, no qual manifestantes protestavam contra o STF. Segundo ele, Moraes teria mobilizado o TSE para investigar o caso, mesmo sem relação com o processo eleitoral.

O jornalista também denunciou o clima de medo entre autoridades, afirmando que muitas pessoas críticas a Moraes se recusam a se manifestar publicamente. “Percebi que muitos falam em particular, mas não têm coragem de se posicionar de forma pública”, disse.

Ainda durante sua fala, Greenwald acusou Moraes de criminalizar o jornalismo e de utilizar sua posição para promover censura contra reportagens e investigações críticas. “Ele sempre interpreta qualquer crítica como um crime. Usou termos como organização criminosa para deslegitimar o trabalho jornalístico”, denunciou.

Até o momento, o gabinete de Moraes não se pronunciou oficialmente sobre as graves acusações feitas durante a sessão.

Está mais do que claro que sanções a Moraes podem ser o ponto de partida para colocar um fim em toda a cruel perseguição que atinge o Brasil. Tudo leva a crer que, em breve, as liberdades do ex-presidente Bolsonaro e seus aliados serão surrupiadas. Querem esconder o que realmente aconteceu em 2022.